segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Domingo azul



Queria ser domingo. Para falar melhor, eu queria ser seu domingo.
Pra anoitecer seu sábado e desaguar no amanhecer do dia primeiro dos sete.
Queria ser cada minuto da sua preguiça pra sentir seus cabelos embolados, seu rosto embaraçado e cada parte do seu corpo suspirar.
Queria ser seu domingo de chuva cheio de gotas de suor.
Queria ser domingo de luz e sol pra observar seu sorriso.
Nunca quis ser outro dia que não fosse domingo, nem segunda pra deixar de ser a primeira, nem a quarta pela metade e nem a impessoal sexta.
Por isso afirmo que quero ser seu cansaço e seu descanso. Ser o começo e o fim de um ciclo que não termina, que se embola e desenrola numa tarde de domingo.

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